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Chico: alegria, dedicação e saudade

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Entre as tantas lembranças vindas à cabeça dos seus amigos, sentimentos de alegria e de motivação prevalecem quando se fala de José Francisco Dias. Natural de Astolfo Dutra, Chico, como era carinhosamente chamado no Departamento de Solos (DPS), ingressou na Universidade Federal de Viçosa (UFV), em 1980, e anos mais tarde acabou indo para o DPS. De um carisma contagiante, conquistou os colegas e fez da sua alegria um símbolo por onde passou.

Foi com tamanha alegria e motivação que atravessou mais de 20 anos dedicados ao Laboratório de Mineralogia do DPS. Acompanhou as mudanças do Departamento, as transformações e recentemente estava ainda mais animado com o novo laboratório, que fora reformado e colocado em funcionamento recentemente.

Pensamentos positivos acerca do futuro sempre o acompanharam. Nas rodas de conversas fazia planos e falava sempre orgulhoso do crescimento dos filhos, como conta o amigo Cláudio Márcio Brustolini:  “Um dos assuntos prediletos dele era a esposa e os filhos. Tudo que ele falava, em alguma coisa, ele tinha que falar dos filhos. Eram o seu orgulho. Ele tinha um carinho muito grande com eles.”.

Além de falar sempre da família, Chico gostava também de discutir a situação política do país. Maurício Paulo Ferreira Fontes, amigo e coordenador do laboratório onde ele trabalhava, diz que Chico sempre fazia alguma provocação para iniciar as conversas: “Vira e mexe ele vinha até a minha sala e sempre puxava um assunto de política. Ele sempre tinha algum comentário político e gostava de conversar sobre isso. Entrava sempre aqui e fazia alguma pergunta já provocativa no sentido de puxar o assunto.”.

Seu carisma já era conhecido e fazia parte da sua convivência com os colegas no Departamento: “Chico era muito alegre, gostava de fazer muitas piadas, era sempre brincalhão. Gostava de viver e brincava muito com a gente. Era de um espírito muito jovem. ”, diz Cláudio.  

Chico também é reconhecido pela dedicação ao trabalho: “Ele estava sempre com boa disposição. Poucas vezes notei alguma insatisfação nele. Seu espírito sempre foi muito tranquilo e muito leve. Sempre foi um cara de trato muito fácil. Ele sempre estava disposto a fazer mais, seja na mineralogia ou no próprio Departamento, fazendo algumas atividades adicionais, pois ele era sempre disponível e ajudava a gente até em trabalhos extras na nossa disciplina, como por exemplo para aplicar provas à noite. ”, conta Mauricio.

O jeito brincalhão de Chico também faz parte das recordações dos amigos. Cláudio conta que ainda nos dias em que Chico estava internado sonhou com ele durante a noite. No sonho, Cláudio chegava para trabalhar e Chico já estava no Departamento. Em meio a uma conversa matinal, falara que fez apenas uma rápida visita ao médico, que já estava liberado e que toda aquela situação não passara de boatos. O sonho, que muitos amigos gostariam de ter visto concretizado ficou apenas na memória, como história a ser contada, assim como as boas lembranças que Chico deixou, seja no bom trato com os colegas ou no sorriso, que era sua marca registrada.

 

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